CONVENTO DE SÃO FRANCISCO
Convento de São Francisco
Igreja de Nossa Senhora da Esperança
Século XVI (Foto de 1901)
Depois de muitos estudos e muitas investigações uma coisa é certa.
A Igreja de Nossa Senhora da Esperança, núcleo mais antigo da construção, já existia quando Simão Correia, Capitão de Azamor, e figura importante do Algarve quinhentista, doa aos Franciscanos (Padres Observantes da Província de Portugal) uma casas que comprara na margem direita do Rio de Silves, junto à foz, no sítio do Estremal (Estrumal para outros)
(Estremal porque ficava no extremo da povoação)(Estrumal para caracterizar o espaço do sapal, lodoso, onde as casas estavam construídas)
Era, na altura, esta zona do rio uma pequeníssima península ou melhor, uma ponta ou pontal entre esteiros da margem direita do Rio de Silves (Arade).
A construção do Convento terá sido iniciado, pelo próprio Simão Correia, na segunda década do século XVI (é o que parece atestar o facto de quando os frades ocuparam em 1641 já existia o brasão de armas de Simão Correia na entrada principal do edifício.
A Igreja é a parte mais antigo de todo o conjunto.
Arquitectura conventual manuelina , maneirista, de nave única com portal manuelino. O Convento tem como módulos principais:
Igreja de Nossa Senhora da Esperança
O claustro manuelino de dois pisos,
Casa do Capítulo
A cerca a delimitar todo o espaço
Cisternas
Espaços verdes
No século XIX, após a extinção das Ordens Religiosas, pelo tristemente célebre "Mata Frades", o convento é vendido em hasta pública por 4000$000, a José Maria Eugénio de Almeida. A Igreja serviu como depósito de cortiça e como tal sofreu um grande incêndio a 24 de Abril de 1884. Em 1911, o conjunto passou para a posse de João António Júdice Fialho, um dos principais nomes ligados à indústria piscatória-conserveira, que o transformou em armazém e depósito e Fábrica de Conservas
Nesta foto é bem visível a Fábrica de Conservas que Fialho Júdice mandou construir em 1904 bem como as casas para os operários conserveiros, à direita e no velho caminho para a Ponta e Fortaleza de Santa Catarina.
Descrição feita pelo Padre José Vieira, na sua Memória Monográfica de Portimão em 1909 (livro publicado em 1911) O autor escreve, que em Portimão existem três fábricas de conservas de peixe: a de São José (construída em 1892), a do Estrumal, também conhecida por São Francisco (construída em 1904), ambas de Júdice Fialho, e outra igualmente de nome São Francisco, esta propriedade da firma “Feu Hermanos”.
Na margem direita do rio na Quinta Foz do Arade, propriedade de Francisco Bivar Weinholtz, que a arrendara e depois vendera a João António Júdice Fialho, este já tinha mandado construir um estaleiro naval para construção e reparação das próprias embarcações de pesca.
Após a extinção das Ordens religiosas, o convento teve várias funções, todas contribuindo para a sua lenta destruição.
A 24 de Abril de 1884, servindo a igreja de depósito de cortiça, deflagrou um incêndio que consumiu grande parte do conjunto e a totalidade do seu recheio.
Depois passou para a posse de Francisco Bivar Weinholtz que em no início do século XX a arrendou e posteriormente a vendeu a Júdice Fialho
(*)
O título Nossa Senhora da Esperança tem duas origens que se complementam. A primeira, é inspirada na experiência da própria Virgem Maria, quando de sua gravidez. Esse título exprime a esperança de Maria em ver seu Filho Santo ao fim da gravidez.
A segunda origem, parte dos fiéis, que sempre tiveram na Santa Mãe a esperança de que ela os ajude em suas necessidades pessoais.
Por causa disso, ela foi chamada na liturgia de “Esperança dos desesperados”.
Um dos ilustres devotos de Nossa Senhora da Esperança em Portugal foi Pedro Álvares Cabral. Ele tinha uma linda imagem da Santa em sua casa. Cabral levou-a consigo na sua grande viagem de descoberta do Brasil. Assim, o Brasil foi descoberto sob a protecção de Nossa Senhora da Esperança.
Esta imagem histórica mostra-nos a Virgem Maria tendo o Menino Jesus sentado em seu braço esquerdo. Este, aponta para uma pomba que está no braço direito de Maria. Esta imagem está, hoje, na cidade de Belmonte, Portugal.
Brasão - SIMÃO CORREIA - PORTIMÃO
«Armas de Simão Correia, no Convento de São Francisco, em Portimão
Armas de Simão Correia, fidalgo dos conselhos de D. Manuel e D. João III, alcaide-mor de Moura (1500) e de Castro Marim (1509), governador de Tânger (desde 1516), COC, enviado por vedor da infanta D. Brites (filha de D. Manuel) a Sabóia em 1521, onde foi feito conde de Lis pelo respectivo duque, e fundador do convento de Nossa Senhora da Esperança de Portimão, donde proveio esta pedra de armas, actualmente no Museu de Portimão
Na margem direita do rio na Quinta Foz do Arade, propriedade de Francisco Bivar Weinholtz, que a arrendara e depois vendera a João António Júdice Fialho, este já tinha mandado construir um estaleiro naval para construção e reparação das próprias embarcações de pesca.
A 24 de Abril de 1884, servindo a igreja de depósito de cortiça, deflagrou um incêndio que consumiu grande parte do conjunto e a totalidade do seu recheio.
Depois passou para a posse de Francisco Bivar Weinholtz que em no início do século XX a arrendou e posteriormente a vendeu a Júdice Fialho
Brasão - SIMÃO CORREIA - PORTIMÃO
«Armas de Simão Correia, no Convento de São Francisco, em Portimão
Armas de Simão Correia, fidalgo dos conselhos de D. Manuel e D. João III, alcaide-mor de Moura (1500) e de Castro Marim (1509), governador de Tânger (desde 1516), COC, enviado por vedor da infanta D. Brites (filha de D. Manuel) a Sabóia em 1521, onde foi feito conde de Lis pelo respectivo duque, e fundador do convento de Nossa Senhora da Esperança de Portimão, donde proveio esta pedra de armas, actualmente no Museu de Portimão
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